A partir de hoje (21), biometria é obrigatória para benefícios sociais e INSS
Os beneficiários do INSS e de benefícios sociais que não cadastraram a biometria devem correr até uma unidade mais próxima para realizar o procedimento
A biometria tornou-se um dos instrumentos mais eficientes para garantir segurança, autenticidade e transparência em processos de identificação. Com o avanço das tecnologias digitais e a crescente necessidade de proteger os recursos públicos, o uso da biometria se consolidou.
Ele é como um meio confiável para confirmar a identidade dos cidadãos e evitar fraudes em programas governamentais. Esse método, que utiliza características físicas únicas, como impressões digitais e reconhecimento facial, fortalece a gestão de benefícios e garante repasses corretos de benefícios.
Assim, o governo federal passou a adotar a biometria como ferramenta estratégica para aprimorar o controle e a eficiência administrativa, promovendo mais credibilidade e segurança em seus sistemas de repasse e cadastro social.

Neste artigo, você vai ver:
Biometria passa a ser obrigatória
O governo federal iniciou a implementação gradual da exigência de biometria para todos os programas sociais e benefícios da Previdência Social. A partir de agora, novos beneficiários do INSS e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) precisam realizar o cadastro biométrico para receber seus pagamentos.
Esse processo marca uma nova etapa na modernização dos sistemas públicos, com o objetivo de fortalecer o combate às fraudes e garantir o repasse correto dos recursos. A medida abrange tanto novos pedidos de benefícios quanto renovações, respeitando um cronograma de adaptação.
Durante o anúncio, os ministros responsáveis destacaram que o foco da política é proteger os beneficiários sem dificultar o acesso aos programas. A ministra Esther Dweck afirmou que o objetivo central é eliminar fraudes e assegurar que apenas quem realmente tem direito continue recebendo.
O ministro Wolney Queiroz reforçou que a decisão de adotar um cronograma longo visa evitar qualquer exclusão indevida, uma vez que cerca de 11 milhões dos 68 milhões de beneficiários ainda não possuem registro biométrico. A intenção é que todos possam se adaptar de forma tranquila.
Além disso, o governo planeja realizar campanhas informativas e ações de busca ativa para alcançar os beneficiários que ainda não possuem cadastro biométrico. Essa estratégia, já utilizada pelo INSS em outros programas, permite identificar quem não respondeu às notificações.
O processo contará com mensagens enviadas com antecedência e confirmações de leitura, para garantir que ninguém perca o prazo. O Ministério da Gestão e Inovação afirmou que a iniciativa trará ganhos fiscais ao reduzir o número de pagamentos indevidos e reforçar a confiabilidade do sistema.
Quais benefícios precisam da biometria?
- Benefício de Prestação Continuada (BPC)
- Aposentadorias e pensões do INSS
- Salário-maternidade
- Benefício por incapacidade temporária
- Pensão por morte
- Seguro-desemprego
- Abono salarial
- Programa Bolsa Família
Esses programas seguirão um cronograma gradual, com prazos específicos para implantação completa da biometria até 2028, de modo a incluir todos os beneficiários ativos e novos requerentes.
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Nova base de dados do governo
Para viabilizar a nova política, o governo definiu que a base principal de registro biométrico será a Carteira de Identidade Nacional (CIN). Esse documento, que substitui o antigo RG, já integra dados biométricos e permite autenticações digitais seguras.
Enquanto o cadastro na CIN não for universal, outras bases oficiais poderão ser utilizadas de forma transitória, como as informações biométricas da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e do título de eleitor administrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O uso da CIN como base central também representa um passo importante para unificar a identificação dos brasileiros em todas as esferas governamentais. Essa modernização reduz a duplicidade de registros e reforça a interoperabilidade entre ministérios, bancos e prefeituras.
Assim, o governo consegue monitorar com mais precisão a distribuição dos benefícios e impedir pagamentos indevidos. Além disso, o sistema digital melhora o atendimento ao cidadão, tornando os serviços mais ágeis e seguros.
Com a consolidação da base nacional de dados, o governo prevê que, até 2028, todos os beneficiários estejam devidamente integrados ao sistema. Esse processo permitirá maior controle sobre as informações e facilitará auditorias automáticas.
Dessa forma, será possível identificar inconsistências em tempo real e promover correções imediatas, evitando fraudes e desperdício de recursos. A transição gradual também demonstra a preocupação do governo em garantir inclusão digital e logística.
Prazos para utilizar a CIN
O cronograma de implementação da biometria foi dividido em etapas:
- 21 de novembro de 2025: novos beneficiários ou quem for renovar benefícios precisarão ter cadastro biométrico em qualquer base oficial.
- 1º de maio de 2026: o uso da CIN torna-se obrigatório para novos pedidos de benefícios como Bolsa Família, abono salarial e seguro-desemprego.
- 1º de janeiro de 2027: todos os beneficiários precisarão apresentar biometria para renovação e novas concessões.
- 1º de janeiro de 2028: a CIN passa a ser obrigatória para todos, tanto para solicitar quanto para manter benefícios ativos.
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Quem está dispensado da biometria?
A medida não será aplicada de forma rígida a todos os cidadãos. O governo reconhece que determinados grupos enfrentam barreiras físicas, geográficas ou legais que dificultam o registro biométrico. Por isso, definiu exceções para garantir inclusão e evitar injustiças.
Entre os grupos dispensados do cadastro biométrico estão:
- Pessoas com mais de 80 anos, mediante consulta a cadastros oficiais ou apresentação de documento com foto.
- Migrantes, refugiados e apátridas com protocolo de refúgio ou documentos emitidos conforme a legislação brasileira.
- Brasileiros residentes no exterior, mediante declaração emitida por consulado ou documento reconhecido pela Apostila da Haia.
- Pessoas com deficiência ou doença que impeça o deslocamento, mediante laudo médico.
- Moradores de áreas de difícil acesso, comprovando residência em locais incluídos na lista do IBGE ou atendidos por programas como o PrevBarco.
- Beneficiários que requererem salário-maternidade, pensão por morte ou benefício por incapacidade até 30 de abril de 2026.
- Cidadãos cadastrados no CadÚnico e beneficiários do Bolsa Família até a mesma data.
Essas dispensas refletem a preocupação do governo com a equidade e a acessibilidade. O processo de biometria, portanto, busca equilibrar segurança e inclusão, garantindo que o avanço tecnológico não se transforme em obstáculo para quem mais precisa dos programas sociais.
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