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Ainda há mais de R$ 10 bilhões em dinheiro esquecido disponíveis para 48 milhões de pessoas físicas; saque agora

As pessoas que ainda não resgataram o dinheiro esquecido podem ter acesso a um benefício exclusivo, caso consultem.

O dinheiro esquecido corresponde a valores deixados para trás por clientes em instituições financeiras, como bancos, consórcios e cooperativas de crédito, e que permanecem disponíveis para resgate. Esses recursos podem pertencer a pessoas físicas, incluindo falecidas, ou a empresas.

Todos são monitorados pelo Banco Central por meio do Sistema de Valores a Receber. Muitas vezes, os titulares nem se lembram de sua existência, o que faz com que milhões de reais permaneçam parados por anos.

Embora o resgate seja simples, exige que o interessado siga procedimentos específicos e utilize canais oficiais para evitar fraudes. Por isso, entender como consultar, solicitar e receber esse dinheiro esquecido é essencial para garantir que nenhum valor disponível seja perdido.

Você pode ter dinheiro esquecido para sacar. Veja como funciona.
Você pode ter dinheiro esquecido para sacar. Veja como funciona. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

BC informa que ainda restam R$ 10,5 bilhões em dinheiro esquecido para saque

O Banco Central divulgou que, até junho, ainda existem R$ 10,56 bilhões em dinheiro esquecido nas instituições financeiras do país. Desse total, R$ 8,03 bilhões pertencem a 48,2 milhões de pessoas físicas, enquanto R$ 2,53 bilhões estão em nome de 4,43 milhões de empresas.

Esses valores incluem saldos remanescentes em contas encerradas, cotas de consórcios finalizados, tarifas cobradas indevidamente e outros créditos não resgatados. O sistema do BC permite verificar se há valores disponíveis.

Eles podem ser acumulados tanto para pessoas vivas quanto para falecidas, desde que os consultantes possuam vínculo legal com o titular, como herdeiro, inventariante ou representante. Ou seja, basta consultar e resgatar.

Apesar de, inicialmente, ter sido divulgado um prazo final para o resgate em outubro de 2024, o Ministério da Fazenda esclareceu que não existe data limite para retirar os valores. Assim, o montante permanecerá disponível até que o titular ou seu representante o solicite.

Essa flexibilidade no prazo amplia as chances de recuperação dos recursos e evita que o dinheiro esquecido volte definitivamente para as instituições. No entanto, o cidadão precisa ficar atento às regras do sistema e utilizar apenas o site oficial para evitar riscos de fraude ou perda de informações pessoais.

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Como saber se tenho dinheiro esquecido para receber?

A consulta ao dinheiro esquecido ocorre exclusivamente pelo site oficial do Banco Central no site do Sistema Valores a Receber. Basta informar o CPF ou CNPJ para verificar se há recursos vinculados ao documento consultado.

Em caso positivo, o sistema indicará as instituições responsáveis pelos valores e orientará sobre o processo de solicitação. No caso de titulares falecidos, é necessário que o solicitante seja herdeiro legítimo, testamentário, inventariante ou representante legal.

Além disso, é obrigatório preencher um termo de responsabilidade no próprio sistema antes de prosseguir. Essa etapa garante que apenas pessoas autorizadas acessem informações sensíveis e realizem a solicitação.

O Banco Central não envia avisos por e-mail, mensagens ou ligações para informar sobre dinheiro esquecido. Assim, qualquer comunicação fora do canal oficial deve ser ignorada para evitar golpes. A recomendação é acessar diretamente o site oficial sempre que houver dúvida.

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Como funciona o saque dos valores?

O saque do dinheiro esquecido exige que o solicitante informe uma chave PIX para devolução automática. Caso não possua uma chave cadastrada, é possível criar uma junto ao banco e retornar ao sistema para registrar o pedido.

Outra alternativa é entrar em contato com a instituição financeira e combinar a forma de recebimento. Desde 27 de maio, o Banco Central permite habilitar uma solicitação automática de resgate, disponível apenas para pessoas físicas que possuam chave PIX do tipo CPF.

Ao ativar essa função, o cidadão não precisa consultar o sistema regularmente nem registrar cada pedido manualmente. Quando houver valores, a devolução ocorrerá diretamente na conta vinculada à chave PIX cadastrada.

Entretanto, instituições que não aderiram ao sistema de devolução automática continuam exigindo solicitação manual. Essa mesma regra se aplica aos valores provenientes de contas conjuntas, nos quais todos os titulares precisam participar do processo de resgate.

Procedimentos de segurança

O Banco Central reforçou a segurança do Sistema de Valores a Receber para evitar tentativas de fraude. O acesso ao sistema exige conta gov.br no nível prata ou ouro, além da ativação da verificação em duas etapas. Esse procedimento inclui autenticação por aplicativo e validação facial.

Para quem ainda não tem o aplicativo gov.br instalado, o processo começa com o download e criação da conta. Em seguida, o usuário deve configurar a senha, realizar a validação facial e habilitar a verificação em duas etapas antes de acessar o sistema.

A segurança digital tornou-se prioridade, já que os valores podem atrair golpistas que se passam por representantes do Banco Central. Por isso, é fundamental lembrar que o único endereço válido para consulta e solicitação é site citado anteriormente.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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