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Como reaver o Auxílio-Doença após o INSS negar o pedido? Passo-a-Passo

O auxílio-doença, agora oficialmente chamado de benefício por incapacidade temporária, é um direito fundamental garantido pela Previdência Social.

O Auxílio-Doença é dedicado aos trabalhadores que, devido a questões de saúde, não conseguem suas funções laborais. Com o aumento da rigidez nas concessões, é crucial que os trabalhadores compreendam seus direitos, os requisitos para solicitar como proceder em caso de negação.

Nos últimos anos, porém, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem intensificado a revisão de benefícios, resultando em um número significativo de pedidos negados. Essa situação gerou insegurança para muitos segurados que realmente necessitam desse apoio.

Neste contexto, o auxílio-doença se torna não apenas um amparo temporário, mas um elemento crucial que pode ajudar a garantir a estabilidade financeira durante períodos difíceis. Entender o funcionamento do INSS e as condições que possibilitam a concessão de benefícios é essencial para todos os segurados.

Além disso, estivemos observando um aumento na conscientização sobre doenças que afetam a capacidade de trabalho, levando muitos a questionarem como obter a assistência necessária. Portanto, vamos exploraremos em detalhes do auxílio-doença, quem pode solicitar, como contestar uma negativa!

Auxílio-doença
Entenda o auxílio-doença, seus direitos e como se proteger em casos de negativa do INSS-https://colunadobeneficio.com.br/

Como funciona o auxílio-doença e os Requisitos para concessão ?

O auxílio-doença é um benefício temporário concedido aos trabalhadores que ficam incapacitados de realizar suas atividades profissionais devido a doenças ou acidentes. A sua finalidade é oferecer suporte financeiro durante o período em que o segurado está afastado do trabalho.

É importante reforçar que o auxílio-doença pode ser solicitado tanto por trabalhadores com registro em carteira como por autônomos, desde que atendam aos critérios exigidos pelo INSS. Para solicitar o auxílio-doença, é necessário atender a alguns requisitos. Entre os principais exigências, destacam-se:

  1. Estar inscrito no INSS: O trabalhador deve ter registro como segurado e estar contribuindo para a seguridade social.
  2. Carência mínima: Geralmente, são exigidas 12 contribuições mensais, exceto em casos específicos de acidente de trabalho ou doenças graves.
  3. Laudos médicos: A apresentação de atestados médicos e laudos que comprovem a incapacidade é fundamental. Além disso, o segurado deve passar por uma perícia médica do INSS para avaliação da sua condição.
  4. Afastamento superior a 15 dias: A incapacidade deve ser comprovada e, para ter direito ao benefício, o trabalhador precisa se afastar das suas atividades laborais por mais de 15 dias consecutivos.

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Por que o INSS nega tantos pedidos de auxílio-doença?

Em um esforço para reduzir fraudes e garantir a correta aplicação dos recursos públicos, o INSS tem realizado um processo de revisão minuciosa nos benefícios concedidos. Contudo, esse pente-fino tem gerado polêmica entre trabalhadores que realmente se encontram incapacitados.

Compreender esses fatores é crucial para a preparação dos segurados, permitindo que eles evitem erros comuns que podem levar à negativa dos pedidos. Diversos fatores podem levar à negação do pedido de auxílio-doença. Entre os principais motivos, destacam-se:

  1. Falta de qualidade de segurado: Um trabalhador pode perder o direito ao auxílio se deixar de contribuir para o INSS, ultrapassando o período de graça, que é o tempo durante o qual o segurado mantém seus direitos mesmo sem contribuições.
  2. Carência não atendida: O não cumprimento da carência mínima de 12 contribuições pode resultar na negativa do benefício. Para alguns casos específicos, como em acidentes, essa exigência não se aplica.
  3. Documentação médica incompleta: Laudos e atestados que não apresentem informações detalhadas, como CID (Código Internacional de Doenças) ou que não comprovem a incapacidade, podem ser rejeitados.
  4. Divergências entre laudos: Se o médico assistente e o perito do INSS fornecerem avaliações conflitantes, o pedido pode ser indeferido. A análise do perito é muitas vezes a decisão final.
  5. Doenças não reconhecidas: O INSS pode considerar que a condição de saúde apresentada pelo trabalhador não justifica o afastamento, resultando na não concessão do benefício.
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O efeito imediato da negativa no INSS

A negativa de um pedido de auxílio-doença pode gerar graves consequências para o trabalhador. Em um momento que deveria ser de amparo e recuperação, a decisão do INSS pode provocar uma série de dificuldades familiares e emocionais. Entre as principais consequências, destacam-se:

  1. Perda de renda familiar: A negativa pode resultar em uma queda significativa na renda do trabalhador, afetando suas condições financeiras e comprometendo a manutenção do sustento familiar.
  2. Dificuldade em manter tratamentos médicos: Sem o auxílio financeiro, muitos trabalhadores não conseguem arcar com os custos de tratamentos médicos necessários para sua recuperação, o que pode levar a um agravamento da condição de saúde.
  3. Endividamento: A falta de recursos pode forçar os segurados a recorrer a empréstimos ou a outras formas de crédito, criando um ciclo de endividamento que pode ser difícil de reverter.
  4. Problemas de saúde agravados: A pressão emocional causada pela negativa e a incerteza financeira podem piorar a condição de saúde do trabalhador, levando a maiores problemas na esfera física e mental.
  5. Desestruturação emocional: A insegurança gerada pela negativa do benefício pode impactar o bem-estar psicológico do trabalhador, aumentando o estresse e a ansiedade.

O limbo previdenciário

Um termo que se tornou relevante nesse contexto é o “limbo previdenciário”. Essa situação ocorre quando o trabalhador é considerado inapto para retornar ao trabalho pelo empregador, mas o INSS nega o benefício, criando um vácuo legal. As consequências do limbo previdenciário incluem:

  • O trabalhador não recebe salário e fica sem o auxílio.
  • Dificuldade em regularizar sua situação, gerando um ciclo de desproteção.
  • O empregado pode passar meses sem renda, sem poder voltar ao trabalho e sem receber o suporte necessário.

Essa situação evidencia a importância de um entendimento claro sobre os direitos e opções disponíveis, além de destacar a necessidade de um sistema previdenciário mais ágil e eficiente ao passar por esses processos de acordo com os critérios exigidos.

Como recorrer de um auxílio-doença negado

Se o INSS negar o auxílio-doença, o segurado tem a opção de recorrer. Confira o passo a passo para tentar reverter a decisão:

  1. Verifique o motivo da negativa: A carta de indeferimento que o segurado receberá deve esclarecer a justificativa para a negativa. Esse é o primeiro passo para entender como proceder.
  2. Corrija documentos e laudos: Caso a documentação esteja incompleta ou com falhas, o trabalhador pode reunir novos laudos e atestados que reforcem a solicitação. A correção de erros na documentação é vital para o sucesso do recurso.
  3. Apresente recurso administrativo: O recurso deve ser feito através do Meu INSS, pelo site ou presencialmente nas agências. Este recurso será analisado por uma Junta de Recursos da Previdência.
  4. Ação judicial: Se o recurso for negado ou houver demora excessiva, o trabalhador pode buscar a Justiça Federal. É aconselhável que um advogado especializado ou uma defensoria pública ajude nesse processo.

Alternativas ao auxílio-doença: reabilitação profissional

Nos casos em que o trabalhador não pode retornar à sua função anterior, mas possui a capacidade de ser integrado a outra atividade, o INSS oferece programas de reabilitação profissional. Este processo consiste na oferta de treinamento para uma nova função que seja compatível com a condição de saúde.

Durante o processo de reabilitação, o trabalhador tem direitos que garantem sua segurança:

  • Recebimento do benefício: O trabalhador pode continuar recebendo o auxílio enquanto participa do programa de reabilitação.
  • Indicação de cursos e atividades: O INSS fornece suporte na indicação de treinamentos e cursos que podem ajudar na reintegração ao mercado de trabalho.
  • Estabilidade: Após retornar ao trabalho, o segurado garante estabilidade por um período de até 12 meses, evitando demissões abruptas.

Raul Vinícius

"Analista SEO, redator e editor de conteúdo web, atuo na criação de textos com foco na boa e velha escrita jornalística. Apaixonado pela comunicação, trago o meu olhar criativo na execução das minhas matérias, mantendo o compromisso com os leitores por meio da qualidade na informação."

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