A nova exigência de biometria no BPC gera dúvidas e preocupações entre os beneficiários. É preciso estar atento as exigências do sistema!
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um suporte essencial para muitas famílias brasileiras. Este auxílio garante uma quantia mensal mínima, contribuindo para a dignidade e o bem-estar de quem se encontra em situação de vulnerabilidade. Contudo, mudanças significativas nas regras exigem atenção.
Recentemente, o governo implementou novas exigências que podem impactar diretamente quem depende dessa assistência. A necessidade de biometria para a solicitação e manutenção do benefício gerou dúvidas e receios entre os assistidos. Portanto, conhecer bem esses novos procedimentos é crucial.
Para evitar perdas inesperadas, é necessário entender a estrutura do BPC e seus principais requisitos. Além disso, saber como proceder para manter o cadastro em dia é fundamental para que não haja interrupções na concessão do auxílio necessário.

O sistema do Benefício de Prestação Continuada (BPC)?
O BPC é um programa federal previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), voltado para indivíduos que enfrentam dificuldades financeiras. Especificamente, este benefício destina-se a duas categorias principais: idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência, independente de sua idade.
Esse apoio financeiro é essencial para muitos, visto que proporciona um salário mínimo mensal. Ao contrário de outros benefícios sociais, o BPC não exige contribuições prévias ao INSS. Essa característica é importante, pois garante que aqueles que mais precisam tenham acesso à assistência.
Leia também:
- INSS 2025: Como entrar com recurso e garantir um benefício do Governo?
- R$ 600,00 a mais no orçamento em Abril! Veja o que foi definido para cadastrados do Bolsa Família!
- Atendimento CRAS: Como conseguir os serviços oferecidos na minha cidade?
Quem pode receber o BPC?
Para ter direito ao BPC, é necessário atender a uma série de requisitos estabelecidos pelo governo. Entre os critérios mais relevantes, destacam-se:
- Ser idoso com 65 anos ou mais, ou ter uma deficiência de qualquer idade.
- A renda familiar per capita deve ser inferior a 1/4 do salário mínimo vigente.
- O solicitante deve estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico).
- Para pessoas com deficiência, é imprescindível passar por avaliação médica e social que comprove a existência de impedimentos de longo prazo.
Importante frisar que, apesar das inúmeras vantagens, o BPC não oferece benefícios adicionais, como 13º salário ou pensão por morte. Isso significa que o foco da assistência é extremamente voltado para a garantia do mínimo necessário para a sobrevivência dos beneficiários.
O valor do BPC e sua atualização
O valor mensal pago pelo BPC é equivalente a um salário mínimo, que, em 2025, corresponde a R$ 1.412,00. Essa quantia é ajustada anualmente com base na política de valorização do salário mínimo, visando garantir que o poder de compra dos assistidos se mantenha ao longo do tempo.
Essa assistência é vital para milhões de brasileiros, especialmente em um cenário econômico onde muitos enfrentam dificuldades para atender às necessidades básicas. Por isso, é importante que os beneficiários estejam atentos às atualizações que possam ocorrer nesse valor.
Como o INSS administra o BPC?
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é responsável pela gestão do BPC, incluindo a análise, concessão e pagamento da assistência. Os interessados podem solicitar o benefício de forma facilitada através do aplicativo Meu INSS, ou diretamente em agências de atendimento, mediante agendamento.
Com uma vasta quantidade de mais de 6 milhões de beneficiários, o INSS busca constantemente melhorar a precisão e a eficiência da concessão do BPC. Para isso, tem adotado novas tecnologias, como a biometria, que visa garantir entregas mais rápidas e seguras.
Por que a biometria se tornou obrigatória?
A obrigatoriedade do uso da biometria foi introduzida como uma estratégia do governo para aumentar a segurança nas concessões de benefícios sociais. Desde 2024, tanto novos solicitantes quanto beneficiários que precisam atualizar seus dados devem registrar sua biometria.
Os principais objetivos dessa medida incluem:
- Reduzir fraudes no sistema de assistência social.
- Confirmar com segurança a identidade dos beneficiários.
- Agilizar processos administrativos no INSS.
- Proporcionar um atendimento mais eficiente e seguro.
Quem deve fazer o cadastro biométrico?
Todos os beneficiários ou aqueles que desejam solicitar o BPC precisam ter a biometria devidamente registrada. Em situações onde a coleta direta não é viável, como em casos de deficiência severa, o representante legal pode realizar esse procedimento em nome do beneficiário.
É essencial que a biometria conste em algum documento oficial, como:
- Carteira de Identidade Nacional (CIN).
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
- Título de Eleitor.
Esse cadastro deve ser feito em instituições autorizadas, como estabelecimentos de identificação civil, cartórios eleitorais e o DETRAN, garantindo que todas as etapas estejam corretamente concluídas. Esses passos são fundamentais para garantir que o auxílio chegue a quem realmente precisa.
O que acontece se a biometria não for cadastrada?
Não ter a biometria cadastrada pode resultar em grandes problemas tanto para quem já recebe o benefício quanto para novos solicitantes. Para aqueles que já estão no programa, a ausência do registro pode levar a atrasos ou até mesmo suspensão temporária do pagamento do BPC.
Para novos solicitantes, quem não estiver com a biometria em dia pode enfrentar pendências em seus pedidos, que podem durar até 120 dias, ou permanecer indefinidamente até que a regularização ocorra. Em casos onde a coleta biométrica é inviável por motivos de saúde, a situação pode ser reconsiderada.
Passo a passo para garantir o BPC com biometria válida
Para assegurar que o pedido do BPC seja bem-sucedido, é vital seguir algumas etapas importantes:
- Verifique seus documentos: Confirme se você possui a biometria registrada em um documento válido, como a CIN, CNH ou Título de Eleitor. Caso contrário, providencie a coleta o quanto antes.
- Atualize ou faça seu Cadastro Único: É imprescindível ir ao CRAS para se inscrever ou atualizar seu CadÚnico. Este passo é fundamental para o acesso ao BPC e outros benefícios assistenciais.
- Solicite o BPC pelo Meu INSS: Assim que os dados estiverem corrigidos e atualizados, faça o pedido do BPC através do aplicativo ou site Meu INSS. Durante o processo de análise, o sistema automaticamente verificará se a biometria está associada corretamente ao seu cadastro.
E se não for possível coletar a biometria?
Nos casos em que a coleta da biometria se torna um desafio, existem alternativas a serem exploradas. Se a coleta não for possível por motivos de saúde, o beneficiário deve:
- Apresentar um laudo médico que justifique a impossibilidade de coleta.
- Agendar uma tentativa de coleta, mesmo que as chances sejam remotas, para formalizar a justificativa.
- Nomear um representante legal que possa zelar pelo processo e ajudar a registrar a biometria quando possível.
A importância de estar com a biometria em dia
Manter a biometria atualizada é fundamental não apenas para assegurar o acesso ao BPC, mas também para garantir a proteção dos beneficiários. A exigência da biometria aumenta o controle e a segurança dos programas sociais, reduzindo o risco de fraudes.
Para o cidadão, estar com a documentação e a biometria em dia significa evitar complicações, atrasos e embaraços burocráticos. Este cuidado não é apenas uma formalidade; trata-se de um direito que deve ser assegurado para cada um que precisa do BPC.
Atenção ao Benefício!
A exigência de biometria no BPC representa uma mudança significativa e necessária em busca de mais segurança e transparência nas políticas sociais brasileiras. Contudo, isso traz novas responsabilidades, como a necessidade de atualização de documentos e atenção aos prazos.
Manter a biometria em dia e seguir os passos estabelecidos pelo INSS são ações essenciais para evitar que o benefício seja negado ou suspenso sem justificativa. O BPC é uma ferramenta vital que contribui para a redução da vulnerabilidade social.