Conta de luz pode encarecer em maio: veja quem sai afetado pelo aumento
A conta de luz pode sofrer um aumento considerável a partir deste mês, por isso é importante ficar atento em como evitar que ela cresça por muitos gastos.
A conta de luz representa uma das despesas mais relevantes no orçamento das famílias brasileiras e, frequentemente, surpreende com variações inesperadas. Diversos fatores contribuem para esse aumento, como o uso excessivo de aparelhos elétricos, a falta de manutenção nas instalações internas, etc.
Além disso, a tarifa de energia sofre influência direta das condições climáticas, especialmente em um país como o Brasil, onde a geração elétrica depende majoritariamente das hidrelétricas. Em certas épocas, como a chuva fica escassa, o valor da conta tende a ficar mais caro.
Quando as chuvas ficam abaixo da média, o nível dos reservatórios cai, e o governo precisa acionar usinas termelétricas, que possuem custo elevado. Esse custo, por sua vez, é repassado ao consumidor final por meio do sistema de bandeiras tarifárias.
Por isso, entender os mecanismos que impactam no valor da conta se tornou essencial para o consumidor que deseja manter o controle financeiro e reduzir surpresas no fim do mês. Além disso, há uma solução do próprio governo para este caso.

Neste artigo, você confere:
Conta de luz vai aumentar em maio?
Em maio de 2025, a conta de luz terá acréscimo em razão da ativação da bandeira amarela, conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A decisão ocorre devido à redução no volume de chuvas, sinalizando o início do período seco, que afeta diretamente o nível dos reservatórios.
Como resultado, o sistema elétrico nacional precisa complementar a produção de energia com fontes alternativas, como as usinas termelétricas, que possuem operação mais cara e menos eficiente. Essa medida tem como objetivo garantir o fornecimento contínuo de eletricidade.
Com o acionamento da bandeira amarela, o consumidor passa a pagar um adicional de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. Apesar de parecer um valor pequeno, o impacto pode ser significativo, especialmente para residências com alto consumo energético ou que já enfrentam dificuldades.
A mudança também serve como alerta para que os consumidores adotem hábitos mais conscientes, reduzam o desperdício e acompanhem de perto as atualizações mensais feitas pela Aneel, que define as bandeiras de acordo com a situação do sistema elétrico nacional.
Dessa forma, mesmo que a cobrança adicional seja temporária, ela indica um cenário menos favorável para a geração de energia no país. A perspectiva de estiagem reforça a necessidade de economizar, além de incentivar os consumidores a monitorarem o uso de energia com mais rigor.
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Como as bandeiras tarifárias afetam o valor da conta?
- Bandeira Verde: representa condições favoráveis de geração de energia. Nesse cenário, o sistema opera majoritariamente com hidrelétricas em plena capacidade, o que garante energia mais barata. Portanto, o consumidor não paga nenhum valor adicional além da tarifa regular.
- Bandeira Amarela: indica condições de geração menos favoráveis, com início de uso de termelétricas. O acréscimo na conta é de R$ 18,85 por MWh, ou R$ 1,88 a cada 100 kWh. Essa sinalização serve como alerta para adotar medidas de economia de energia.
- Bandeira Vermelha – Patamar 1: sinaliza situação crítica nos reservatórios e necessidade maior do uso de usinas mais caras. Nesse caso, o adicional é de R$ 44,63 por MWh, ou R$ 4,46 a cada 100 kWh, o que eleva significativamente o custo final da fatura.
- Bandeira Vermelha – Patamar 2: reflete a condição mais grave, com uso intensivo e prolongado de termelétricas. A cobrança extra chega a R$ 78,77 por MWh, ou R$ 7,87 a cada 100 kWh, tornando o consumo elevado ainda mais oneroso para o consumidor.
Com essas variações, o consumidor precisa entender que o valor da conta de luz não depende apenas da quantidade de energia consumida, mas também das condições de geração em todo o país. Acompanhar qual bandeira está vigente é essencial para evitar surpresas.
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Como evitar que a conta de luz saia do controle?
- Substitua lâmpadas e aparelhos antigos por modelos mais eficientes. Lâmpadas LED e eletrodomésticos com selo Procel garantem economia significativa no consumo mensal.
- Evite deixar aparelhos em modo stand-by. Mesmo desligados, televisores, micro-ondas e computadores continuam consumindo energia se mantidos na tomada.
- Use o chuveiro elétrico com moderação, especialmente nos horários de pico e em dias quentes. Reduzir o tempo de banho também ajuda a economizar.
- Desligue luzes e equipamentos ao sair dos cômodos. A prática simples de apagar as luzes pode gerar grande economia ao longo do tempo.
- Aproveite a iluminação natural e a ventilação dos ambientes. Manter janelas abertas durante o dia reduz o uso de lâmpadas e ventiladores.
Essas atitudes, quando adotadas de forma contínua, ajudam a manter o valor da conta de luz sob controle mesmo nos períodos de bandeira amarela ou vermelha. A economia gerada se reflete diretamente no orçamento doméstico.
Tarifa Social de Energia Elétrica pode ser solução
A Tarifa Social de Energia Elétrica funciona como um programa do governo federal que concede desconto na conta de luz para famílias de baixa renda. Esse benefício visa garantir o acesso à energia com valores mais justos, promovendo inclusão social e qualidade de vida.
O desconto varia de acordo com o consumo mensal e pode chegar a até 65% para famílias indígenas e quilombolas e até 65% para outras famílias em situação de vulnerabilidade, dependendo da faixa de consumo, que pode chegar a 220 kWh.
O benefício abrange famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), além de beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e pessoas que precisam usar aparelhos ligados continuamente por conta da saúde.
Para participar, é necessário manter os dados atualizados no CadÚnico e solicitar o benefício junto à distribuidora de energia da região. O processo é gratuito e simples, exigindo apenas o número do NIS e documentos pessoais. Ao acessar esse direito, o consumidor garante uma conta de luz mais acessível.
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