Dívidas do Fies podem ser renegociadas a partir de sábado (01/11)
Quem tem dívidas em aberto com o Fies pode começar as renegociações a partir do primeiro dia de novembro deste ano
O Fundo de Financiamento Estudantil, conhecido como Fies, representa uma das principais políticas públicas voltadas ao acesso à educação superior no Brasil. Ele foi criado pelo Ministério da Educação (MEC).
O programa tem o propósito de possibilitar que estudantes de baixa e média renda ingressem em universidades privadas sem arcar de imediato com os custos das mensalidades. Por meio do financiamento, o aluno cursa a graduação e, após a conclusão, inicia o pagamento de forma parcelada.
Desde sua criação, o Fies vem passando por mudanças para tornar o modelo mais sustentável e acessível. Com o avanço da tecnologia e a necessidade de adaptação às novas realidades econômicas, o programa passou a oferecer alternativas mais flexíveis para quem busca regularizar pendências financeiras.

Neste artigo, você vai ver:
Renegociação de dívidas do Fies começa em novembro
A partir de sábado, 1º de novembro, mais de 160 mil estudantes poderão renegociar suas dívidas com o Fies, referente a contratos firmados a partir de 2018. Essa nova etapa de regularização foi anunciada pelo Ministério da Educação (MEC).
O objetivo é oferecer melhores condições de pagamento para aqueles que enfrentam dificuldades financeiras. O prazo para adesão vai até 31 de dezembro de 2026, permitindo que o processo ocorra de forma totalmente digital, seja pelo aplicativo Fies Caixa ou pelo site da Caixa Econômica Federal.
A iniciativa pretende beneficiar estudantes que possuem parcelas em atraso e que acumulam, juntos, cerca de R$ 1,8 bilhão em dívidas. Ao facilitar o acesso à renegociação, o MEC busca reduzir o número de inadimplentes e permitir que os ex-estudantes retomem sua estabilidade financeira.
Além de estimular a quitação das dívidas, o novo modelo de renegociação do Fies cria um ambiente mais justo e equilibrado entre governo, instituições financeiras e estudantes. A proposta oferece descontos expressivos e prazos longos, o que garante fôlego financeiro e incentivo à adimplência.
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Requisitos para solicitar a renegociação
Para aderir à renegociação, o estudante precisa cumprir alguns critérios definidos pelo Ministério da Educação. Somente poderão participar aqueles que firmaram contratos do Fies a partir de 2018 e que já estejam na fase de amortização.
Ou seja, que tenham concluído o curso e iniciado o pagamento das parcelas do financiamento. Além disso, o participante deve estar com pagamentos em atraso há mais de 90 dias, considerando o período a partir de 31 de julho de 2025.
O novo modelo de acordo permite que o saldo devedor seja parcelado em até 180 vezes, o equivalente a 15 anos, o que representa uma das condições mais vantajosas já oferecidas pelo programa. A renegociação prevê o perdão total de juros e multas, reduzindo significativamente o valor final da dívida.
A parcela mínima foi fixada em R$ 200, garantindo que o pagamento caiba no orçamento do estudante. Essa medida foi pensada para proporcionar previsibilidade financeira e incentivar o cumprimento dos novos contratos.
O processo de renegociação será formalizado por meio de um termo aditivo ao contrato original do Fies. No entanto, é importante destacar que o acordo não inclui valores referentes à coparticipação com as instituições de ensino superior, seguros prestamistas ou tarifas bancárias.
Esses débitos deverão ser negociados diretamente com as universidades, conforme determina a Resolução nº 64/2025, que regulamenta a iniciativa. Assim, o governo busca equilibrar responsabilidades entre todas as partes envolvidas, sem transferir custos indevidos ao fundo.
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Como funciona o contrato com o Fies?
O Fies foi criado pela Lei nº 10.260/2001 com o propósito de facilitar o acesso de estudantes de baixa renda ao ensino superior em instituições privadas. O programa financia parcial ou totalmente as mensalidades de cursos de graduação.
Desde 2018, o Fies passou por reformulações que o tornaram mais sustentável e socialmente justo, adotando o modelo de juros zero para os candidatos que mais precisam e aplicando uma escala de financiamento variável conforme a renda familiar.
Para participar, o candidato deve ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, obtendo média igual ou superior a 450 pontos e nota acima de zero na redação. Além disso, é exigido que a renda familiar mensal bruta per capita seja de até três salários mínimos.
O funcionamento do contrato é simples e transparente. Durante o período do curso, o governo cobre as mensalidades diretamente para a instituição de ensino, enquanto o estudante paga apenas pequenas parcelas trimestrais de coparticipação, dependendo do modelo de financiamento.
Após a formatura, o aluno entra na fase de amortização, quando inicia o pagamento do valor financiado em parcelas acessíveis. A recente iniciativa de renegociação, portanto, reforça o compromisso do Fies com a inclusão educacional, permitindo que milhares de brasileiros reorganizem suas finanças.
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