O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou a convocar idosos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para atualizar seus dados cadastrais.
Essa convocação faz parte de um pente-fino que o governo federal está realizando para garantir que o benefício continue sendo pago corretamente aos seus destinatários. Com regras mais rígidas estabelecidas em julho, a revisão tornou-se uma prioridade para garantir a integridade do sistema.
O BPC é um benefício fundamental para muitas pessoas idosas em situação de vulnerabilidade, e a atualização cadastral é imprescindível para que o pagamento não seja interrompido.
Quem não está inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) ou não atualizou seus dados nos últimos quatro anos, deve fazer isso dentro do prazo estabelecido, que varia de acordo com o tamanho do município onde reside.
Prazo para atualização do cadastro
O INSS estipulou prazos diferentes para que os beneficiários regularizem seus dados, dependendo da cidade em que moram:
- 45 dias para quem reside em cidades com até 50 mil habitantes;
- 90 dias para aqueles que moram em cidades maiores.
Esses prazos são essenciais para evitar o bloqueio do benefício. O CadÚnico é o principal sistema utilizado pelo governo federal para incluir famílias de baixa renda em diversos programas sociais, como o Bolsa Família, a Tarifa Social de Energia Elétrica e o próprio BPC. Portanto, manter as informações atualizadas é vital para continuar recebendo o auxílio.
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Como verificar a necessidade de atualização
Para facilitar o processo, o INSS disponibilizou uma ferramenta no aplicativo e no site “Meu INSS”, onde os beneficiários podem verificar se precisam atualizar ou se inscrever no CadÚnico.
Ao acessar o sistema e informar o CPF, o beneficiário será orientado, caso necessário, a procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do seu município para realizar a atualização.
Além disso, desde o dia 1º de agosto, o INSS começou a enviar mensagens “push” pelo app “Meu INSS”, alertando os beneficiários que não estão inscritos no CadÚnico sobre a necessidade de regularização.
A comunicação também está sendo feita por cartas, SMS, ligações da central de atendimento (pelo número (11) 2135-0135), e até no extrato bancário do pagamento.
Atenção para não cair em golpes
Um ponto de atenção é que o INSS não solicita dados pessoais, como informações bancárias ou biometria facial, para os beneficiários do BPC. A orientação é clara: qualquer solicitação desse tipo deve ser encarada com suspeita, pois o INSS apenas direciona os beneficiários a comparecerem ao CRAS.
Se o beneficiário não comparecer para a atualização dos dados, o pagamento do benefício poderá ser bloqueado em 30 dias, a partir do envio da notificação.
Contudo, o INSS só suspenderá o benefício caso haja comprovação de que o aviso foi recebido pelo beneficiário. Se a atualização for realizada dentro do prazo de suspensão, o pagamento é retomado sem prejuízo financeiro, com a reativação do benefício garantindo o repasse de todos os valores devidos.
Revisão e perícia médica
Neste primeiro lote de revisão, mais de 500 mil pessoas foram convocadas, e a expectativa é que até 1,25 milhão de beneficiários passem pelo pente-fino.
Para os idosos que recebem o BPC, a revisão inclui apenas a checagem de dados cadastrais e renda, sem necessidade de perícia médica. Já os beneficiários por incapacidade de longa duração terão que passar por perícia médica e apresentar a documentação atualizada.
Fique atento aos prazos e às orientações do INSS para evitar o bloqueio do seu benefício. Manter os dados em dia é a melhor forma de garantir que o auxílio continue chegando a quem realmente precisa.
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