30/06 é o prazo final para quem não quer perder o Bolsa Família, entenda
Muita gente que depende do Bolsa Família ainda não sabe, mas um detalhe importante pode colocar em risco o recebimento do benefício nos próximos meses. Embora o valor continue sendo depositado mês a mês, há compromissos que os beneficiários precisam cumprir — e o tempo está se esgotando.
O Governo Federal estabeleceu um prazo claro para que as famílias realizem o acompanhamento obrigatório em saúde, exigência que faz parte das condicionalidades do programa. E quem não cumprir até o dia 30 de junho pode sofrer consequências nada agradáveis.
Se você é beneficiário ou conhece alguém que seja, é essencial ficar atento. Nos próximos parágrafos, vamos explicar o que precisa ser feito, quais documentos apresentar e o que pode acontecer se essas obrigações forem ignoradas.

Por que o acompanhamento em saúde é obrigatório?
O Bolsa Família não é apenas um programa de transferência de renda: ele é também uma porta de entrada para políticas públicas que visam garantir dignidade e direitos básicos às famílias em situação de vulnerabilidade. É por isso que o acompanhamento em saúde está entre as exigências do programa.
Esse acompanhamento consiste em ações simples, mas fundamentais: apresentar a caderneta de vacinação das crianças, garantir o pré-natal das gestantes e, para os responsáveis, manter o vínculo com a Unidade Básica de Saúde (UBS) do território onde vivem. Tudo isso é feito para garantir o desenvolvimento saudável dos membros da família.
Ao exigir essas ações, o programa reafirma seu compromisso com a promoção da cidadania. Afinal, de que adianta receber um benefício financeiro se a saúde e o bem-estar das crianças estão em risco? A ideia é construir um apoio que vá além do dinheiro — e que ajude a transformar realidades.
Mas atenção: o descumprimento dessas exigências pode acarretar em advertências, bloqueios temporários e até no cancelamento definitivo do benefício. Ou seja, negligenciar esse processo pode sair bem caro para quem mais precisa dele.
Qual é o papel da educação no Bolsa Família?
Além da saúde, a educação também é um dos pilares do programa. Famílias beneficiárias precisam garantir que seus filhos estejam frequentando a escola com regularidade. A taxa exigida é de 65% para crianças com até seis anos e de 75% para os adolescentes acima dessa idade.
Essa regra não é burocracia: ela existe para quebrar o ciclo da pobreza através da educação. Crianças e jovens fora da escola têm mais chances de permanecer em situação de vulnerabilidade na vida adulta, e o Bolsa Família quer justamente impedir que isso aconteça.
O acompanhamento escolar é feito em parceria com as secretarias de educação municipais e estaduais. Se a criança faltar com frequência, a escola comunica o governo, e a família pode ser alertada. Repetidas faltas sem justificativa podem levar ao bloqueio do benefício.
Portanto, não basta apenas estar cadastrado e com a renda dentro dos critérios. O compromisso com a educação é essencial para continuar recebendo o auxílio — e, principalmente, para garantir um futuro mais digno para a nova geração.
Como se manter no programa sem correr riscos?
O primeiro passo é simples: mantenha o Cadastro Único atualizado. Qualquer mudança na composição da família, na renda, no endereço ou na escola dos filhos deve ser informada no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) do seu município. Dados desatualizados podem ser motivo para exclusão do programa.
O segundo passo é cumprir rigorosamente as condicionalidades de saúde e educação. Vá até a UBS mais próxima com a caderneta de vacinação das crianças e faça o acompanhamento pré-natal se houver gestantes na família. Aproveite para tirar dúvidas e garantir que todas as exigências estão sendo cumpridas.
Lembrando que o prazo final para regularizar a situação de saúde é 30 de junho. Depois dessa data, quem não tiver comparecido poderá ter o benefício suspenso já nos meses seguintes. E, para muitas famílias, isso pode significar um grande impacto no orçamento.
O Bolsa Família é um direito de quem mais precisa, mas também exige compromisso. Cumprir essas obrigações é uma forma de garantir não apenas a continuidade do benefício, mas também um futuro melhor para toda a família.