Os beneficiários do INSS podem enfrentar dificuldades devido à continuidade da greve dos servidores, que já se estende por mais de 40 dias.
Os trabalhadores da instituição mantêm a paralisação, acusando o governo federal de negligenciar pontos cruciais nas negociações, especialmente no que diz respeito ao reajuste salarial.
A situação pode agravar ainda mais os atrasos no atendimento e na concessão de benefícios, afetando diretamente milhões de brasileiros que dependem dos serviços do INSS.
A greve dos servidores do INSS é motivada principalmente pela insatisfação com a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo. A categoria reivindica um aumento que contemple o vencimento básico, e não apenas gratificações por desempenho.
Motivos da greve e demandas dos servidores
De acordo com a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), as gratificações, que constituem grande parte do reajuste proposto, não resolvem a questão salarial, já que não são incorporadas ao salário base.
Viviane Peres, representante do comando de greve da Fenasps, destacou que o governo não abriu um canal efetivo de negociação para tratar das pautas da greve, incluindo o cumprimento do acordo de 2022, que abordava condições de trabalho e a valorização da carreira.
Segundo Peres, o atual vencimento básico dos técnicos do Seguro Social é extremamente baixo, não chegando a R$ 800, o que coloca a categoria em uma situação de precariedade frente a outras carreiras do serviço público.
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A resposta do governo e o impasse
O Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI) afirmou que a última reunião de negociação com os servidores do INSS ocorreu em 9 de agosto.
Nessa ocasião, o governo apresentou uma proposta que prevê um ganho acumulado de 28,9% para os níveis superior e intermediário, e de 24,8% para o nível auxiliar, entre 2023 e 2026. No entanto, a maior parte desse aumento seria composta por gratificações, o que não atende às expectativas dos servidores.
A Fenasps protocolou um ofício ao secretário de Relações de Trabalho do Ministério, José Lopez Feijó, solicitando mais informações sobre a proposta e seu impacto financeiro. A entidade busca melhorias na oferta do governo e propôs uma nova reunião de negociação, enfatizando que os servidores estão dispostos a retornar ao trabalho, desde que sejam garantidas melhores condições e a valorização da carreira.
O impacto da greve para os beneficiários do INSS
A continuidade da greve dos servidores do INSS tem impactos diretos nos beneficiários, que podem enfrentar ainda mais atrasos na análise e concessão de benefícios como aposentadorias, pensões e auxílios.
Com a paralisação prolongada, os processos acumulam, e os cidadãos que dependem desses recursos podem ficar em situações de vulnerabilidade.
O governo federal e os servidores do INSS precisam chegar a um consenso o mais rápido possível para minimizar os prejuízos aos beneficiários. Enquanto as negociações não avançam, é essencial que os beneficiários fiquem atentos a qualquer comunicado oficial do INSS e estejam preparados para possíveis atrasos ou interrupções nos serviços.
A situação exige uma solução imediata, pois o impacto sobre a população mais vulnerável pode ser severo e prolongado, caso o impasse continue.
O desenrolar das negociações entre governo e servidores será crucial para determinar a retomada dos serviços e a normalização dos atendimentos do INSS, que são essenciais para milhões de brasileiros.
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