Tarifa Social não vai dar desconto na luz neste mês de setembro? Entenda
A partir de setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária vermelha patamar 2 será aplicada nas contas de luz.
Essa mudança ocorre devido à seca, que afeta a produção de energia nas hidrelétricas, e resulta em um aumento significativo no valor da conta de energia.
Muitos consumidores se perguntam se a Tarifa Social pode ajudar a reduzir o impacto desse reajuste.
Após meses sob a bandeira verde, em que não havia cobrança adicional pelo consumo de energia elétrica, a Aneel decidiu implementar a bandeira vermelha no nível mais alto, o patamar 2, que é a tarifa mais cara aplicada no setor elétrico.
Especialistas indicam que o reajuste pode causar um aumento de 10% a 13% no valor final das contas de luz em setembro, prejudicando o orçamento das famílias.
O impacto da bandeira vermelha na conta de luz
A bandeira vermelha, assim como a bandeira amarela, é acionada em momentos de seca, quando os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas ficam baixos, exigindo o acionamento de usinas termelétricas.
Essas usinas têm um custo mais elevado de produção de energia, o que justifica o aumento na tarifa.
Com a bandeira vermelha patamar 2, os consumidores pagarão um adicional de R$ 7,877 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Isso representa um acréscimo significativo para quem já luta para manter as contas em dia, especialmente em um período de inflação e altos custos de vida.
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A Tarifa Social pode reduzir o reajuste da conta?
Embora a Tarifa Social ofereça descontos significativos, ela não altera a forma como a bandeira tarifária é aplicada nas contas de energia. No entanto, a Tarifa Social pode conceder descontos de até 65% na fatura, dependendo do consumo e das condições de cada família. Esses descontos são aplicados diretamente na conta, diminuindo os impactos do aumento gerado pela bandeira vermelha.
Apesar disso, é importante destacar que o desconto da Tarifa Social não elimina os custos adicionais gerados pela bandeira tarifária, mas pode aliviar o valor final que será pago.
Ou seja, mesmo com a aplicação da bandeira vermelha, os consumidores cadastrados na Tarifa Social ainda podem ter um alívio parcial nas contas de luz.
Quem tem direito à Tarifa Social?
Para se beneficiar da Tarifa Social, o titular da conta deve atender a alguns critérios, como estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
Além disso, a renda familiar precisa ser de até meio salário mínimo por pessoa ou de até três salários mínimos mensais, no caso de famílias com algum membro que dependa de aparelhos elétricos para tratamento de saúde.
Outro ponto importante é que, caso o titular da conta atenda a esses requisitos, a Tarifa Social é aplicada automaticamente pela companhia de energia elétrica, sem a necessidade de inscrição adicional. Assim, quem já está cadastrado e preenche os critérios continuará recebendo o desconto.
Em suma, o impacto da bandeira vermelha na conta de luz será sentido por todos, mas as famílias cadastradas na Tarifa Social poderão contar com algum alívio, embora não estejam isentas das cobranças adicionais.
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