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PJs e MEIs também têm direito a receber o Bolsa Família? Confira o que diz o MDS

Regras do programa permitem acesso ao Bolsa Família mesmo para MEIs e PJs, dependendo de critérios de renda familiar e formalização

O Bolsa Família continua sendo um dos programas sociais mais abrangentes do Brasil, atendendo milhões de famílias em situação de vulnerabilidade.

Mesmo com os critérios de elegibilidade baseados na renda familiar, questões sobre o acesso ao programa por microempreendedores e pessoas jurídicas têm gerado dúvidas.

A formalização de pequenos negócios, por meio do registro como Microempreendedor Individual (MEI) ou Pessoa Jurídica (PJ), é cada vez mais incentivada pelo governo. No entanto, é necessário entender como isso impacta o acesso ao Bolsa Família e quais regras se aplicam.

É importante destacar que o programa oferece mecanismos que permitem a permanência no benefício, mesmo em casos de aumento da renda familiar ou formalização de um negócio.

PJs e MEIs também têm direito a receber o Bolsa Família Confira o que diz o MDS
MDS define se Pessoa Jurídica e microempreendor também têm direito ao Bolsa Família – Crédito: Jeane de Oliveira / guiadobeneficio.com.br

MEIs e PJs podem manter o Bolsa Família em determinadas condições

Microempreendedores Individuais (MEIs) e Pessoas Jurídicas (PJs) podem continuar a receber o Bolsa Família, desde que atendam aos critérios de renda estabelecidos pelo programa.

O benefício é calculado com base na renda familiar per capita, que deve ser de até R$ 218 por pessoa para o recebimento integral.

Como é feito o cálculo da renda?

O cálculo leva em conta o rendimento líquido do MEI, ou seja, o faturamento bruto menos as despesas operacionais do negócio, como aluguel, luz, internet e materiais. Esse valor deve ser dividido pelo número de integrantes da família para verificar a elegibilidade.

  • Rendimento líquido: Soma do faturamento mensal menos os custos do negócio.
  • Renda familiar per capita: Valor líquido dividido pelo número de pessoas na residência.

Além disso, despesas como o pagamento da DAS-MEI e valores reinvestidos no negócio também são descontados antes de se considerar o rendimento final da família.

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Regra de proteção garante permanência no programa

O Bolsa Família adota a chamada Regra de Proteção, que permite que famílias permaneçam no programa mesmo com aumento temporário da renda. Isso é especialmente útil para beneficiários que passam a formalizar seus negócios ou conseguem empregos formais.

Como funciona a Regra de Proteção?

  • A família continua recebendo 50% do valor do Bolsa Família por até dois anos.
  • É necessário que a renda familiar per capita não ultrapasse meio salário mínimo por pessoa.

Essa regra foi criada para incentivar a formalização e a geração de renda, evitando que famílias vulneráveis abandonem oportunidades por medo de perder o benefício.

Cadastro Único é a base para participação no programa

O acesso ao Bolsa Família depende da inscrição no Cadastro Único (CadÚnico), sistema que centraliza os dados socioeconômicos das famílias.

Requisitos para inscrição no CadÚnico

  • Apresentar CPF ou título de eleitor;
  • Fornecer comprovante de residência e documentos de todos os membros da família;
  • Manter os dados atualizados a cada dois anos ou sempre que houver alterações na composição familiar.

No momento da inscrição ou atualização, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) realiza a análise da renda familiar, incluindo os rendimentos declarados por MEIs ou PJs.

Novos incentivos para formalização e empreendedorismo

O MDS tem promovido políticas de inclusão produtiva, como o Programa Acredita, lançado para apoiar microempreendedores registrados no CadÚnico.

Benefícios do Programa Acredita

  • Disponibilização de R$ 1 bilhão em microcrédito e fundo garantidor;
  • Ofertas de qualificação profissional e suporte técnico;
  • Acompanhamento personalizado para evitar o endividamento.

Essas medidas são pensadas para ampliar as oportunidades de crescimento econômico das famílias sem que isso signifique a perda imediata de benefícios sociais.

PJs e contratos temporários

Além dos MEIs, o Bolsa Família também contempla situações específicas envolvendo contratos temporários ou sazonais.

Novas regras aprovadas pelo Congresso

A Câmara dos Deputados aprovou recentemente um projeto que exclui contratos de safra ou de experiência do cálculo da renda familiar. Essa medida assegura que trabalhadores temporários continuem tendo acesso ao Bolsa Família, mesmo durante períodos de maior renda.

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Mantendo o benefício enquanto empreende

MEIs e PJs podem continuar a receber o Bolsa Família, desde que respeitem os limites de renda e atualizem suas informações no CadÚnico. A formalização do trabalho é incentivada como uma maneira de garantir autonomia e estabilidade financeira, sem que isso prejudique o acesso aos direitos sociais.

Em caso de dúvidas, os beneficiários devem procurar o CRAS mais próximo para orientação detalhada sobre como declarar os rendimentos e manter a regularidade no programa. O Bolsa Família é um direito que visa assegurar proteção e dignidade às famílias que mais necessitam.

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