Adeus, fogão à lenha! Governo lança programa para acabar com isso e distribui gás para brasileiros

O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está prestes a implementar uma medida histórica para combater a pobreza energética no Brasil.

Através da edição de um novo decreto, será criada a Política Nacional de Energia Limpa na Cozinha, que incluirá o lançamento do Programa Cozinha Mais Verde.

Este programa tem como objetivo principal eliminar o uso de lenha nas cozinhas brasileiras, substituindo-o por alternativas mais limpas e saudáveis, como o gás de cozinha.

Programa Gás para todos: uma nova era de energia limpa

Parte essencial dessa política é a reformulação do Auxílio Gás, que será substituído pelo novo programa “Gás Para Todos”. Anunciado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na terça-feira (27/8), o Gás Para Todos buscará expandir o acesso ao gás de cozinha para 20 milhões de famílias até o final de 2025.

Com um orçamento robusto, financiado pelo Fundo Social através das receitas obtidas com a produção de petróleo, o programa pretende garantir que o botijão de gás seja acessível para as famílias mais vulneráveis do país.

No modelo atual do Auxílio Gás, cerca de 5 milhões de famílias recebem um valor em dinheiro a cada dois meses, destinado à compra de um botijão de 13 kg. No entanto, o novo programa funcionará de maneira diferente. As famílias elegíveis deverão se inscrever em um aplicativo específico da Caixa Econômica Federal, que será utilizado no ato da compra do botijão.

O pagamento aos revendedores de GLP será feito diretamente pela Caixa, com base em um preço-teto definido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com isso, o governo espera não só garantir o acesso ao gás, mas também regular e estabilizar os preços praticados.

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Impactos da pobreza energética e medidas de combate

A política vai além do simples fornecimento de gás. Segundo o MME, a Política Nacional de Energia Limpa na Cozinha também envolverá a implementação de medidas para promover a segurança alimentar e nutricional, especialmente em regiões onde o uso de lenha e carvão ainda é predominante.

O objetivo é priorizar a população de baixa renda que, até o momento, depende exclusivamente de biomassa para cozinhar, como lenha e carvão vegetal, e não tem acesso a outras formas de cocção limpa.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a exposição prolongada aos poluentes gerados pela queima de biomassa aumenta significativamente o risco de doenças graves, como problemas cardíacos, pulmonares e até mesmo câncer.

Mulheres e crianças são as mais afetadas, uma vez que passam mais tempo em casa e estão mais expostas aos riscos durante o preparo das refeições. A substituição dos fogões à lenha por alternativas mais limpas é, portanto, uma medida crucial para melhorar a saúde pública e combater a desigualdade social.

Inovações e futuro do programa

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que, além do Gás Para Todos, o governo está explorando outras tecnologias para cozinhar de forma limpa e eficiente. Entre as propostas em discussão estão a doação de fogões elétricos e a instalação de biodigestores em áreas rurais. A ideia é adaptar as soluções às características regionais e oferecer alternativas que sejam viáveis e eficazes em cada contexto.

A estimativa de custo para a implementação e manutenção dessas iniciativas é de R$ 1,45 bilhão para o lançamento inicial e R$ 4,25 bilhões anuais para sua continuidade.

Para viabilizar esses projetos, o governo também considera parcerias com fabricantes e distribuidores de equipamentos, além da criação de linhas de crédito a juros baixos para a compra de novos fogões.

O lançamento do Programa Cozinha Mais Verde e do Gás Para Todos representa um avanço significativo na luta contra a pobreza energética no Brasil.

Ao eliminar o uso de lenha e promover o acesso a formas de energia mais limpas, o governo espera melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros, protegendo a saúde pública e garantindo um futuro mais sustentável.

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