Nova onda de golpes via PIX pode prejudicar quem recebe benefícios; entenda!
O crescimento do Pix tem transformado a forma de fazer transações bancárias, oferecendo praticidade, rapidez e facilidade de uso. No entanto, junto com esses benefícios, surgiu uma preocupação crescente: a incidência de golpes, especialmente o chamado golpe do Pix errado, que está cada vez mais comum.
Assim como qualquer ferramenta financeira revolucionária, o Pix exige responsabilidade e atenção. Por esse motivo, entender como funciona esse golpe, as ações preventivas e os procedimentos corretos para agir após uma fraude são essenciais para proteger seu dinheiro e dados que possam ser comprometidos.
A combinação de tecnologia avançada com práticas de segurança por parte dos usuários é o melhor caminho para minimizar os riscos de perdas. Além disso, o conhecimento das estratégias adotadas pelos criminosos ajuda na identificação precoce de fraudes, além de orientar as ações corretas de recuperação.
Aproveite para receber orientações práticas de fácil compreensão, que possam fazer a diferença na sua rotina de transações financeiras digitais, contribuindo para uma experiência mais segura e evitar ser vítima dos farsantes que estão roubando pessoas inocentes e desinformadas.

Como o golpe do Pix errado é executado e quais suas etapas principais
O golpe do Pix errado, também conhecido como golpe da transferência por engano, geralmente é cometido por criminosos que atuam de forma organizada, aproveitando a confiança das vítimas. A primeira etapa ocorre quando uma transferência fraudulenta é feita com os dados de contato.
Depois de realizar a transferência, os criminosos entram em contato com a vítima, por telefone, WhatsApp ou até mensagens de texto, alegando que enviaram o valor por engano. Nesse momento, eles criam uma narrativa convincente, usando técnicas de empatia para facilitar o depósito de confiança.
O objetivo é convencê-la a devolver o dinheiro, muitas vezes para contas de terceiros, sob o pretexto de corrigir um erro. No passo seguinte, os golpistas fornecem à vítima uma nova chave Pix ou dados bancários falsificados, sob alegação de “reembolso” ou “corrigenda”.
A vítima, acreditando estar simplesmente devolvendo um valor enviado por engano, realiza uma nova transação, normalmente para contas sob controle do criminoso. Assim, ela acaba, na prática, transferindo seus recursos para o bolso do golpista no processo de transaferência.
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Como o uso indevido do mecanismo de devolução (MED) amplia os prejuízos
Além da primeira fase do golpe, os criminosos também manipularam o sistema através do Mecanismo Especial de Devolução (MED), que foi criado pelo Banco Central para combater fraudes no pix. Após enganar a vítima, os fraudadores podem acionar o MED, alegando que também foram vítima.
O problema é que, ao utilizar esse procedimento, o banco pode bloquear recursos na conta da vítima, sob a justificativa de proteger um suposto prejuízo real. Assim, a pessoa que foi fraudada sofre um duplo prejuízo: ela realiza uma transferência involuntária e, depois, enfrenta o bloqueio de recursos.
Esse mecanismo, embora seja uma medida de proteção, pode ser facilmente explorado por criminosos como parte do esquema, dificultando a recuperação integral dos valores. Portanto, é fundamental que o usuário tenha consciência de que, em caso de suspeita de golpe, a melhor estratégia é agir rapidamente.
Por isso, a prevenção e a postura vigilante são essenciais. Nunca devolva valores por canais não oficiais ou por simples mensagens espontâneas de desconhecidos, e sempre utilize as ferramentas do aplicativo do banco para solicitar o reembolso de forma segura e registrada.

Como se proteger e evitar ser vítima do golpe do Pix errado
A primeira regra para evitar o golpe do Pix errado é agir com cautela frente a qualquer movimentação financeira inesperada. Caso receba um Pix de origem desconhecida, não faça nenhuma transferência de volta sem verificar se o valor realmente entrou na sua conta como o esperado na transação.
Neste momento, o ideal é checar se o dinheiro está disponível na sua conta através do aplicativo bancário ou pelo internet banking. Somente após essa confirmação, e se for realmente necessário devolver o valor, utilize a ferramenta de reembolso que o próprio sistema do Pix oferece.
Outra orientação importante é evitar proceder a qualquer devolução por canais não oficiais ou contatos telefônicos de terceiros que alegam atuar em nome do banco. Essas ações podem ser golpes disfarçados de assistência, levando os usuários a transferir valores indevidos ou fornecer informações confidenciais.
Além disso, a prevenção envolve também o uso de medidas de segurança, como habilitar a autenticação em duas etapas, não compartilhar senhas ou chaves Pix com terceiros e estar atento a qualquer movimentação suspeita na conta bancária, afinal os golpistas podem deixar rastros nos pequenos detalhes.
Como o Banco Central e os bancos vêm atuando na prevenção de golpes com Pix
O Banco Central do Brasil tem reforçado a necessidade de que as instituições financeiras aprimorem suas medidas de segurança e fiscalização. Desde a implementação do Pix, ações conjuntas visam conscientizar os usuários, além de criar mecanismos mais eficazes para detectar e bloquear fraudes.
Os bancos também estão adotando estratégias de monitoramento contínuo, com análises de comportamento das transações e padrões suspeitos, além de reforçar campanhas educativas sobre segurança digital para não ter problemas com as suas transações financeiras.
Porém, a responsabilidade também é do usuário. Manter-se informado, ser cauteloso ao realizar transferências e usar aplicativos confiáveis são atitudes que reduzem muito as chances de cair em fraudes. Assim, o combate aos golpes depende de uma ação conjunta entre usuários.
Ademais, a legislação e as normativas do Banco Central estão evoluindo para estabelecer regras mais rígidas na proteção aos clientes. Essas medidas incluem penas para criminosos, regras de devolução e procedimentos de investigação mais rápidos, fortalecendo a segurança e a confiança na plataforma Pix.