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Tirando o atraso! Passo a passo para pagar o INSS dos anos anteriores e garantir benefício vitalício do Governo

Muitas pessoas, ao se aproximarem da aposentadoria, descobrem que possuem períodos sem contribuição ao INSS.

Nesses casos, pagar as contribuições em atraso pode ser uma solução para complementar o tempo necessário e agilizar a concessão do benefício.

No entanto, essa opção só é válida em situações específicas e exige a comprovação de que houve atividade remunerada durante o período que se deseja regularizar.

O pagamento retroativo do INSS pode ser estratégico, mas é importante entender as regras para garantir que o investimento traga benefícios reais.

Confira como funciona o processo, quais são as exigências e se essa alternativa vale a pena para o seu caso.

Não fique sem aposentadoria pelo não pagamento dos retroativos, confira o que fazer | Imagem de Jeane de Oliveira – guiadobeneficio.com.br

Quem pode pagar o INSS em atraso e como comprovar a atividade?

O INSS permite o pagamento de contribuições atrasadas apenas para quem exerceu atividade remunerada durante o período que pretende regularizar. Ou seja, não basta querer pagar por meses passados; é necessário comprovar que você trabalhou de fato naquele intervalo.

Alguns dos documentos aceitos para essa comprovação incluem inscrição como autônomo na prefeitura, notas fiscais emitidas, contratos de prestação de serviços e recibos de pagamento de impostos.

Essa documentação é essencial para que o INSS aceite o pagamento retroativo e contabilize o período como tempo de contribuição.

Além disso, o segurado facultativo — aquele que contribui por vontade própria, sem vínculo empregatício — tem restrições.

O pagamento em atraso só é possível se o período não ultrapassar seis meses. Se a pessoa não estava inscrita como segurada facultativa antes desse atraso, não poderá regularizar esses meses.

Veja também: Atrasou a contribuição do INSS? Saiba o que deve ser feito e quando deve ser feito

Como funciona o processo de pagamento em atraso?

Para iniciar a regularização, o primeiro passo é solicitar o serviço “Retroagir Data de Início da Contribuição (DIC)” pelo telefone 135 do INSS.

O órgão avaliará a documentação apresentada e, caso reconheça a atividade, fará o cálculo do valor devido por meio do serviço “Calcular Período Decadente”.

O valor a ser pago incluirá correções monetárias e acréscimos legais, com o cálculo realizado pela Receita Federal. Após a aprovação do INSS, o segurado deverá pagar as guias emitidas para que o período em atraso seja considerado.

Vale lembrar que as contribuições retroativas não contam automaticamente para todos os benefícios. Embora possam aumentar o tempo total de contribuição, nem sempre são válidas para a carência — o tempo mínimo de contribuições exigido para benefícios específicos, como a aposentadoria por idade.

Qual é a diferença entre tempo de contribuição e carência?

A carência é o número mínimo de contribuições necessárias para que o segurado tenha direito a alguns benefícios. No caso da aposentadoria por idade, a carência é de 180 meses (15 anos).

Mesmo pagando períodos atrasados, se o segurado perdeu a qualidade de segurado — por ficar muito tempo sem contribuir —, esses meses podem não contar para a carência.

Já para a aposentadoria por tempo de contribuição, o pagamento retroativo pode ser útil. Homens precisam de 35 anos de contribuição e mulheres de 30 anos. Nesse caso, se o segurado já atingiu a carência de 15 anos com contribuições regulares, as contribuições atrasadas podem contar para completar o tempo necessário.

Vale a pena pagar o INSS em atraso?

A decisão de pagar o INSS em atraso deve ser avaliada com cautela. Embora o pagamento retroativo possa acelerar a concessão de benefícios, ele pode envolver custos elevados, uma vez que os valores são corrigidos ao longo do tempo.

Além disso, como nem sempre o período pago conta para a carência, é importante analisar se a regularização realmente trará vantagens.

A recomendação é buscar orientação de um advogado especializado em direito previdenciário, que poderá analisar a sua situação e verificar se vale a pena fazer o pagamento em atraso. Cada caso é único, e o apoio de um profissional garante uma decisão mais segura.

Veja também: MEIs podem ter o CNPJ bloqueado se não fizerem isto nos próximos dias; confira

Diogo Sobral

Tenho 22 anos e sou redator no Guia do Benefício. Trago comigo a experiência de 04 anos no ramo de benefícios sociais. Espero que através de meus textos vocês consigam as respostas que tanto procuram!

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